A pandemia causada pelo Covid-19 (coronavirus) tem levado o poder público a adotar uma série de medidas extraordinárias para lidar com a crise. Estas medidas vão desde socorro financeiro para empresas, auxílio emergencial para as famílias, flexibilização de compras públicas, estratégias de manutenção de liquidez no mercado financeiro, flexibilização de contratos de trabalho, alteração em aspectos tributários entre outros.

A adoção de medidas excepcionais se justifica, dado ao momento singular pelo qual passamos, entretanto, vale ficarmos atentos, pois junto com medidas importantes podemos ter aspectos negativos ou ainda pouco discutidos.

Chamo a atenção para 3 deles:

1) Extensão da flexibilização das normas trabalhistas para além do período da pandemia (já existe pressão nesse sentido por parte de alguns setores como me reportou um parlamentar e também noticiou a Folha de São Paulo);


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2) Incremento tributário, mesmo sendo minoritários os projetos de lei que tratam de aumento de tributos, como apontou a SigaLei (empresa de monitoramento legislativo), eles existem (são 5 até o momento e tratam principalmente de Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e Tributar de Dividendos) e podem impactar significativamente desde grandes bancos até pequenos comércios; ⠀

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3) Mau uso dos recursos destinados ao resgate das empresas. Existe o temor de que recursos destinados a manutenção da liquidez da economia possam ser utilizados para fins distintos ao proposto (distribuição de lucros, recompra de ações, pagamento de bônus para executivos, etc).
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Além destes aspectos de âmbito nacional, vale ficar atento (tanto candidatos quanto eleitores) para medidas de âmbito local, que sejam claramente de cunho eleitoreiro ou oportunista.
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Sigamos juntos, atentos, pensado estrategicamente 📈 

Editoria: Coronavírus